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A história do euro
Apesar de ser uma moeda utilizada por mais de 300 milhões de cidadãos e a segunda mais negociada após o dólar americano, a história do euro é relativamente recente. Hoje o valor do euro reuniu os principais pontos sobre a história da moeda e você pode conferir tudo neste artigo.
A União Europeia
Antes de falar sobre o euro, precisamos voltar em meados de 1940 e discutir sobre as origens da região econômica hoje conhecida por União Europeia, que tem uma forte ligação com a história de criação desta moeda.
Após a Segunda Guerra Mundial, uma integração europeia foi vista como uma proteção contra o nacionalismo extremo no qual devastou partes do continente. Em 1949, foi fundado o Conselho da Europa, composto por dez membros, em um grande esforço de aproximar as nações europeias. O conselho se concentrou principalmente em valores primários, como direitos humanos e democracia, ao invés de questões relacionadas ao comércio.
Com a esperança de fortalecer a integração da região, diversos debates foram realizados com os membros, mas pouco progresso foi obtido. Devido às dificuldades, em 1952, seis membros do conselho (Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e os Países Baixos) fundaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, qual estabeleceu o livre comércio e circulação de carvão, ferro e aço entre seus integrantes e também apoiava políticas relacionadas à indústrias siderúrgicas. Esse foi considerado como um dos principais passos em direção à unificação da Europa.
Diversos outros tratados e acordos foram assinados nos anos seguintes, resultando na entrada de outros membros, crescimento econômico, maior integração e liberdade para seus cidadãos, formando então a região política e econômica denominada por União Europeia. Mas e o euro?
Uma única moeda
Em 1957, pouco tempo após os primeiros movimentos de unificação, surgiu o grupo conhecido por Comunidade Econômica Europeia (CEE), composto por países como França, Itália, Alemanha Ocidental e os três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a unificação monetária tornou-se uma das principais metas entre seus membros. Considerando as diferentes vantagens obtidas através de uma única moeda (como a facilidade para empresas negociarem entre diferentes países, maior estabilidade e também mais opções e oportunidades para consumidores), diversas políticas fiscais e econômicas começaram a ser discutidas.
No entanto, muitos desafios políticos e econômicos surgiram antes que o plano de unificação pudesse ser implementado, como o fraco engajamento político, outras prioridades econômicas e também certa turbulência nos mercados internacionais. Todas essas dificuldades atrasaram e frustraram o progresso em direção à União Econômica e Monetária, nome dado para o plano que consistia de conceitos como livre mercado, união aduaneira e unificação monetária.
O período de estabilidade monetária internacional pós-guerra não durou muito. Um dos principais pilares da Comunidade Econômica Europeia no período, a política agrícola, estava sendo ameaçada por desafios nos mercados internacionais, como choques petrolíferos, desestabilizando taxas cambiais. Para tentar resolver o problema, em 1979 foi introduzido o Sistema Monetário Europeu, composto por um conjunto de políticas e regras para vincular diferentes moedas utilizadas na região, estabilizando a inflação e evitando grandes variações de câmbio, permitindo que os membros negociassem bens e serviços de forma mais fácil e eficiênte.
A zona do euro
Após vários anos de iniciativas e progresso em direção de unificação, foi apenas em 1991 que uma estratégia de completa transição e implementação foi aprovada. O novo tratado da União Europeia começava a ser realizado, composto por um plano de três fases incluindo itens como a eliminação de restrição ao movimento de capitais entre Estados-Membros, preparativos jurídicos, criação do Instituto Monetário Europeu, emissão de notas, pacotes de estabilidade e crescimento, taxas de conversão, entre muitas outras decisões. O plano de transição foi implementado pelos próximos 10 anos, e no dia 1 de Janeiro de 2002 o euro entrou em circulação em doze países da União Europeia, concluindo um dos projetos econômicos mais importantes e complexos conhecidos até então.
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